Olá papais!
Desenvolver uma avaliação de fala e linguagem de uma criança é uma tarefa regada de desafios, pois além de existirem perspectivas e abordagens teóricas, ligadas ao neurodesenvolvimento, alterações ligadas a linguagem e fala, cada criança é um ser único e apresentam características e especificidades que devem ser levadas em em pauta pelo fonoaudiólogo.
Todavia, é de extrema importância, avaliar aspectos e queixa que são relatadas pela família relacionadas ao desenvolvimento de fala e linguagem da criança. Para podermos falar sobre avaliação e Diagnóstico diferencial é necessário entender…
O que é fala e linguagem?
Primeiramente é necessário compreender que a fala e a linguagem não acontecem de forma separada, pois o nosso cérebro trabalha em rede, toda via apresentam funções diferentes. A linguagem é um conjunto de habilidades que desenvolvem quanto competência (o processamento de informações, raciocínio lógico, habilidades comunicativas, compreensão, discriminação auditiva e visual, que faz com que indivíduo escolha a melhor forma de se comunicar (seja por gestos, expressões faciais, escrita, fala ou desenhos) além da capacidade de organizar e sequencializar frases, quando se desenvolve a comunicação pela escrita ou fala.
A fala além de ser uma maneira importante de se comunicar e exercer a linguagem, é definida como um conjunto de atos motores, programação e seqüencialização dos movimentos que envolvem articulação dos órgãos fonoarticulatórios (boca, lábios, língua, bochechas...) que são de extrema necessidade a verbalização e execução do ato de fala.
Mas, o que são Transtornos de comunicação e o que eles podem interferir na fala da criança?
Os Transtornos de Comunicação, podemos entender como qualquer dificuldade, atraso ou alteração associadas ao desenvolvimento de habilidades de comunicativas, que vão interferir e trazer prejuízos do funcionamento pessoal, psicossocial, acadêmico, profissional. Interferindo na comunicação social e de aprendizagem. Conforme o DSM-V, eles incluem:
• Transtorno da Fala;
• Transtorno da Linguagem;
• Transtorno da Comunicação Social (pragmática);
• Transtorno da Fluência com Início na Infância).
Com estes conceitos bem esclarecidos podemos falar sobre diagnóstico diferencial.
O diagnóstico diferencial é capacidade que o profissional fonoaudiólogo ou da saúde possui, ou seja, profissional apto a desenvolver a avaliação através do seu conhecimento e experiência clínica, de analisar as alterações importantes, e ter a capacidade distinguir um diagnóstico do que se parece ser um diagnóstico.
Desse modo, é necessário além do domínio técnico dos protocolos, habilidade no manejo durante a aplicação dos testes, uso de conhecimento teórico prático aprofundado, estudo sobre os padrões psicométricos das crianças avaliadas, tal como a observação dos fatores clínicos apresentados durante a avaliação, com o objetivo de otimizar e complementar o diagnóstico para determinar qual transtorno ou atraso está afetando o desenvolvendo da fala e linguagem da criança e por meio desta, definir a linha de tratamento mais adequada para o caso, o mais precocemente possível, visando a minimização de perdas funcionais, aumentos das habilidades comunicativas, iniciando programas de intervenção precoce para que assim, possam promover a evolução no desenvolvimento do paciente.
Desconfie:
• De diagnósticos realizados em um dia ou em minutos no consultório.
• De certezas imediatas.
Valorize:
• Avaliações processuais, que vejam as dificuldades e potencialidades da sua criança.
• Terapeutas diagnósticas, com as quais os pais possam tomar decisões e orientações sem abreviações, que desenvolva para sua criança um plano terapêutico próprio para a necessidade que a criança apresenta.
Texto escrito por Larrisa Lima - Fonoaudióloga - Capacitação em Atendimento a Pessoa Autista com base nos fundamentos da análise do comportamento aplicada - ABA.