Eu tenho feito a analogia do barco no consultório, e hoje eu queria refletir junto com vocês se ela faz sentido?
Navegar com um novo roteiro à partir do diagnóstico de TEA é compreender que nesse barco estarão essa mãe (muitas vezes à frente do seu comando), um companheiro se ele existe e esse filho(s), Essa família enfrentará dias de sol intensos e as terapias são como o recurso do filtro solar que ajudam a proteger a saúde emocional tanto da criança quanto dessa mãe,
Haverão dias de tempestades, em outros chuvas leves e outras intensas, mas também dias em que o arco íris no final do dia aparece colorindo as pequenas conquistas e renova a esperança de todos, E os ajustes das velas está exatamente em como essa família irá construir esse novo roteiro.
As fases do luto do filho idealizado dizem sobre esse ajuste das velas, a primeira é de negação e raiva e esse olhar mais pessimista.
Já a fase de barganha elas priorizam o aprendizado sobre o diagnóstico, as terapias do filho, aqui existe uma tentativa de aliviar a dor e ponderar possíveis soluções, mas aos poucos vão compreendendo a importância de dar lugar a esse filho real e suas necessidades.
Algumas mães tem uma predisposição à ficarem na fase de depressão por mais tempo e nessa fase ocorre a reclusão dela para o seu mundo interno, onde ela passa a se isolar e a se considerar impotente frente ao diagnóstico. Geralmente, é a fase mais duradoura do processo desse luto, caracterizada por um sofrimento intenso. Nessa fase buscar ajuda profissional se faz necessário. E aqui eu posso navegar junto com você!
A aceitação última fase do luto, muitas já esperavam o diagnóstico, então existe aqui o alívio e a confiança na equipe multidisciplinar, aqui essa mãe não se sente mais desesperada e já consegue enxergar a realidade como ela é. Ocorre a assimilação e aceitação desse filho real.
Nem sempre todas irão passar por essas fases de forma tão clara. Cada mulher pode ter experimentado de maneiras bem diferentes dependendo da sua formação psíquica( história de vida, como lida com situações desconfortáveis e desafiadoras) e da sociedade em que vive e de suas experiências pessoais anteriores.
Ajustar as velas e se permitir ser amparada nessa construção de um novo roteiro é cuidar dos seus tripulantes.
E aí eu pergunto pra vocês como tem sido construir um novo roteiro?
Compartilhar essas vivências não seria um bom caminho para se fortalecerem?
Eu digo que sim e nesses dois últimos anos eu tenho acompanhado mulheres que perceberam a importância de se fortalecerem emocionalmente se tornando uma rede de apoio transformadora para mães!
E agora essa rede também poderá ser formada na Mundo Kids! E você vem com a gente!?
Texto escrito pela Psicóloga Juliana Souza, realiza Psicoterapia em grupo e individual presencial na Mundo Kids.
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