Se olharmos à nossa volta, observamos uma enorme diversidade entre as pessoas, suas igualdades e suas particularidades. Somos seres de infinitas possibilidades. Em um processo de avaliação neuropsicológica também é assim. Muito vem sendo pesquisado, e as neurociências fazem cada vez mais parte do nosso dia-a-dia, no entendimento sobre nossas estruturas cerebrais, suas funções e como isso repercute em nossos comportamentos.
A Neuropsicologia estuda o cérebro e o comportamento humano, ou seja, as alterações cognitivas e emocionais das pessoas e o impacto disso no seu comportamento. Estas alterações podem estar associadas a lesões cerebrais ou não.
Quando falamos do público infantil, muitas vezes as queixas estão relacionadas a alterações em comportamentos, atrasos no desenvolvimento e dificuldades emocionais. Na avaliação neuropsicológica das crianças, o objetivo é identificar seu funcionamento cognitivo e detalhar suas disfunções, relacionando isso a suas dificuldades emocionais e/ou comportamentais.
Com a avaliação neuropsicológica, podemos entender as potencialidades e as dificuldades da criança em diversas funções cognitivas: atenção, linguagem, memória, funções executivas, motoras e visuais, possibilitando também a avaliação de seu quociente de inteligência (QI).
Estas funções refletem diretamente na capacidade da criança ao realizar suas atividades de vida diária. Por isso, a avaliação pode ajudar na indicação de condutas parentais, educacionais, ou mesmo no encaminhamento para reabilitação e demais terapias específicas, que possam contribuir para os avanços no desenvolvimento da criança.
A avaliação neuropsicológica geralmente é solicitada por médicos para auxiliar na confirmação ou não de diagnósticos de transtornos do neurodesenvolvimento, como transtorno do espectro autista, deficiência intelectual, transtornos da comunicação, transtorno de déficit de atenção/hiperatividade e transtorno específico da aprendizagem.
Além disso, com a avaliação neuropsicológica é possível identificar comorbidades (quando há mais de um transtorno identificado) e auxiliar no entendimento do prognóstico, ou seja, da evolução e prováveis consequências do transtorno para a vida da criança.
Texto Por: Gabriela Binder – Psicóloga Clínica, Especialista em Neuropsicologia | CRP 07/32536 | Supervisora na Clínica Mundo Kids no Rio Grande do Sul – RS
Solicite atendimento