No reforçamento diferencial algumas respostas são escolhidas para serem reforçadas enquanto outras são colocadas em extinção. Para explicar isso melhor é preciso salientar que: existem quatro tipos de reforçamentos diferenciais e cada um será utilizado dependendo da demanda do paciente, isto é, o comportamento a ser modificado será analisado para decidirmos qual melhor procedimento a ser utilizado.
DRO – É um Reforço Diferencial de Outros Comportamentos: Em DRO escolhemos qualquer outro comportamento diferente ao comportamento inapropriado para realizarmos o reforçamento em determinado intervalo de tempo, por exemplo, a criança que costuma ver TV fazendo flapping (balançar as mãos). Reforçaremos qualquer outro comportamento, em um intervalo de tempo, que o comportamento de fazer flapping não acontecer, podendo ser, por exemplo, levantar as mãos, o qual não é incompatível ao flapping.
DRL – É um Reforço Diferencial de Baixo Índices de comportamento: Em DRL reforçamos, em intervalo fixo, se houve um número X do comportamento inapropriados. O objetivo será de reduzir o número de comportamentos inapropriados por intervalo fixo de tempo até acontecer a extinção (ausência) dos mesmos. Por exemplo, em 10 minutos, a criança apresentou 5 comportamentos inapropriados com topografia de flapping enquanto assistia TV. Passados 10 minutos, haverá reforço. Caso, nos próximos 10 minutos haja 5 ou menos comportamentos iguais, haverá reforço novamente. Se houver mais comportamentos com está topografia, não apresentaremos o reforçador.
DRI – É um Reforço Diferencial de Comportamentos Incompatíveis: No DRI escolhemos, como o próprio nome diz, um comportamento “incompatível” àquele inapropriado. Por exemplo, o comportamento que queremos colocar em extinção são os flappings quando a criança assiste TV. Portanto escolheremos um comportamento incompatível a esta topografia, como por exemplo, bater palmas. Portanto, reforçamos um comportamento topograficamente incompatível ao que queremos colocar em extinção.
DRA – É um Reforço Diferencial de comportamentos Alternativos: Em DRA reforçamos comportamentos alternativos já ensinados para o aluno. Este comportamento não precisa, necessariamente, ser incompatível ao que será colocado em extinção.
Ainda seguindo o exemplo do flapping, podemos ensinar o aluno a ter um objeto sensorial para segurar enquanto assiste a TV. Com isso será possível fazer uma substituição, o aluno deixará de fazer o flapping e irá segurar/manusear o item sensorial.
O Reforçamento Diferencial pode ser usado em qualquer comportamento que precisa ser colocado em extinção. Contudo, para que escolhamos qual o manejo correto, é necessário fazer uma boa análise funcional do comportamento inapropriado, a fim de investigar qual a função deste comportamento e a sua frequência.
Comportamentos Auto e Heterolesivos podem ser modificados através de reforçamento diferencial, como por exemplo cutucar-se, bater-se com tapas, bater-se em objetos, entre outros. Contudo, é necessário perseverança e, mais uma vez, uma análise funcional muito bem feita assim como um programa de reforçamento diferencial especifico para aquele comportamento.
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Por: Elisa Lengler - Psicóloga, especialista em Psicologia Sistêmica e em ABA pelo Instituto Paradigma- SP | CRP 12/11990 | Supervisora na Clínica Mundo KidS |Coordenadora Parque Azul em Santa Catarina.