O Transtorno do Espectro Autista – TEA é considerado como uma alteração complexa do neurodesenvolvimento que acomete principalmente nas áreas sociais, de comunicação e com presença de interesses restritos e ou comportamentos estereotipados, ou seja, comportamentos que não são funcionais para se comunicar, mas sim de auto regulação.
Atualmente estima-se que a prevalência seja de 1 para 32, esse número vem sendo crescente ao longo dos anos. Não existe cura para o Autismo, e sim tratamentos que auxiliam na diminuição dos sintomas através de repertórios que são adquiridos por meio das intervenções.
Vale ressaltar que quanto mais cedo iniciar com as intervenções, melhor será a qualidade de vida do autista. Tais intervenções não necessitam diretamente de ter um diagnostico fechado. Se a sua criança apresenta atrasos nos marcos do desenvolvimento, corra para intervir nesses atrasos.
Há poucas explicações para o número crescente de Autismo, a causa que prevalece continua sendo a genética. Neurocientistas explicam alguns fatores que contribuem para o diagnostico, como fatores ambientais, idade dos pais por exemplo é uma delas, além dos genes que sofrem uma piora ao longo dos anos e a predisposição de ambas as partes, sendo paterna e materna.
Os sinais podem ser vistos desde muito cedo (bebê) ou até mesmo na fase adulta.
Para identifica-los precocemente faz-se necessário que a criança seja avaliada por profissionais especializados e bem treinados. Como médicos que atuam na área e psicólogos - Analistas do Comportamento. Identificar o autismo desde cedo é essencial, tendo em vista que as janelas de aprendizagem estão completamente abertas para se desenvolverem e são milhões de neurônios atuando no cérebro por segundos tentando formar sinapses de aprendizagem. Então quanto mais cedo intervir, melhor caminhara o prognostico.
Como identificar os sinais?
Os sintomas variam de acordo com a criança, porém as dificuldades se caracterizam sempre na comunicação social e na presença de comportamentos disfuncionais e ou interesses restritos.
Linguagem Receptiva: a criança normalmente não atenta ao ser chamado pelo nome, não estabelece ou faz pouco contato visual, e que por vezes, não se sustenta; Não obedece aos comandos simples do adulto como: senta, levanta, pega, me dá, guarda, dar tchau, entre outros...
Linguagem Expressiva: a criança se comunica usando a mão do adulto para obter o item desejado, não aponta, tem dificuldade para elaborar um pedido, construir frases, repete o que o outro fala, produzindo assim o que chamamos de ecolalia imediata.
Comportamento Social:
Não imita ou imita pouco as ações dos pares e dos adultos;
Falta de interesse em outras pessoas, principalmente em brincar com os pares;
Direciona o olhar para objetos e ignora as expressões faciais do adulto/pares;
Dificuldade em estabelecer um diálogo;
Tem preferência em brincar sozinho, não dá a função correta para o brinquedo, explora, mas não brinca;
Rigidez de pensamento: sofrem com alteração de rotina e mudança de algo e o na forma de brincar, mania de enfileirar brinquedos, virar rodas, gostar de itens que giram e se movimentam;
Dificuldade de entender e expressar as emoções.
Comportamentos Motores: anda na ponta dos pés, faz movimentos com as mãos, principalmente quando está feliz. Alto prazer em ficar pulando e girando.
Sono: alteração na rotina do sono, despertar principalmente nas madrugadas
Alimentação: restrição e ou seletividade alimentar;
Não aceita determinados alimentos pela textura e ou cheiro;
Fazem uma seleção de alimentos pela cor;
Tratamento - Procure por um Especialista!
O tratamento com evidência de eficácia, segundo a Associação Americana de Psiquiatria-APA, é a terapia de intervenção comportamental — aplicada por psicólogos. A mais usada delas é a terapia com uso dos procedimentos da ABA - Análise Aplicada do Comportamento, embora existam outros. Como o tratamento para autismo é interdisciplinar e adequado as necessidades especificas dos indivíduos, ou seja, além da psicologia, pacientes podem se beneficiar com intervenções de fonoaudiologia, terapia ocupacional, musicoterapia, entre outros.
Para mais informações, entre em contato conosco e agende uma consulta com um dos nossos especialistas!
Por Juliana Moura,
CEO da Clínica Mundo Kids - Núcleo de Desenvolvimento e Idealizadora do Parque Azul