As sobrecargas sensoriais no autismo referem-se a uma reação intensa e avassaladora a estímulos sensoriais do ambiente, que pode ser desencadeada por um ou mais sentidos (visão, audição, olfato, tato, paladar) de forma simultânea ou isolada. Isso ocorre pela dificuldade do cérebro em processar ou regular essas informações sensoriais.
As sobrecargas podem ocorrer em diferentes ambientes, como locais com muitos ruídos, luzes brilhantes, multidões, cheiros fortes, cores fortes, texturas desconfortáveis ou outras situações que envolvam uma grande quantidade de estímulos sensoriais ou um único estímulo em uma intensidade maior. Em geral, as sobrecargas ocorrem devido ao Transtorno do Processamento Sensorial (TPS) e apesar de maior prevalência, não ocorre somente em indivíduos com TEA. É importante ressaltar que um ser humano pode ter o TPS e não ser autista.
É necessário destacarmos também, que um estímulo sensorial considerado forte, exagerado ou insuportável para o autista, pode ser algo tranquilo ou leve para uma pessoa típica.
Isso porque o cérebro da pessoa autista processa as informações sensoriais de uma forma diferente do cérebro de uma pessoa não autista.
Uma aborgagem essencial para diminuir essas sobrecargas sensoriais, é a Terapia Ocupacional que oferece:
Avaliação Sensório-motora
Integração Sensorial
Desenvolvimento de Estratégias de Autorregulação
Ambiente adaptado
Uso de Ferramentas Sensoriais
Treinamento de Habilidades Motoras e muito mais.
Além de intervenções adequadas, é fundamental respeitarmos as necessidades sensoriais de cada pessoa e proporcionar ambientes mais adaptados e acolhedores para reduzir a ocorrência de sobrecargas sensoriais e promover qualidade de vida e bem-estar à todos.
Por Débora Oliveira, Autista, TDAH e ativista da causa autista