Quando nos aproximamos das festas de fim de ano, é normal que famílias estejam animadas com os preparativos, mas também preocupadas em relação às mudanças na rotina e como elas podem afetar os seus filhos, uma vez que, para crianças autistas, essas celebrações essas mudanças podem ser desafiadoras. Por isso, uma ferramenta valiosa que pode ajudar a suavizar essa transição e trazer um pouco mais de aproveitamento das festas para a criança e para a família é o uso de "Histórias Sociais".Uma História Social é uma ferramenta visual que utiliza imagens e texto para descrever uma situação social específica, ajudando a criança a compreender e antecipar o que pode acontecer em determinada situação, nesse caso as comemorações de final de ano. Ao criar uma História Social para as festas de fim de ano, os pais podem oferecer à criança um roteiro visual e descritivo do que esperar durante esses eventos, como por exemplo a mudança na rotina, a presença de familiares e amigos, a decoração especial, os tipos de alimentos que estarão disponíveis e as possíveis atividades planejadas. Além disso, é crucial enfatizar que essas mudanças são temporárias e que a rotina habitual será retomada após o evento.Para crianças autistas, esse tipo de previsibilidade é essencial! A previsibilidade, ajuda a reduzir a ansiedade da criança, proporcionando uma sensação de controle sobre o que está por vir. Assim, ao entender melhor o que esperar, a criança pode se sentir mais preparada e confortável durante as festividades, minimizando possíveis episódios de crises.É fundamental adaptar a História Social de acordo com as necessidades e interesses específicos da criança. Utilize sempre linguagem clara e simples, juntamente com imagens ou ilustrações que sejam visualmente atraentes e compreensíveis para a criança.Além disso, lembre-se de que a prática da História Social não se restringe apenas à preparação para as festas de fim de ano. Essa técnica pode ser aplicada em diversas situações do cotidiano, oferecendo suporte para a compreensão e adaptação da criança autista em diferentes contextos sociais. Ao oferecer previsibilidade e informações claras sobre o que esperar durante esses eventos, os pais podem contribuir significativamente para tornar as celebrações mais confortáveis e agradáveis para seus filhos e também para si mesmos...Ana Júlia Arantes Assistente Terapêutica
As sobrecargas sensoriais no autismo referem-se a uma reação intensa e avassaladora a estímulos sensoriais do ambiente, que pode ser desencadeada por um ou mais sentidos (visão, audição, olfato, tato, paladar) de forma simultânea ou isolada. Isso ocorre pela dificuldade do cérebro em processar ou regular essas informações sensoriais.As sobrecargas podem ocorrer em diferentes ambientes, como locais com muitos ruídos, luzes brilhantes, multidões, cheiros fortes, cores fortes, texturas desconfortáveis ou outras situações que envolvam uma grande quantidade de estímulos sensoriais ou um único estímulo em uma intensidade maior. Em geral, as sobrecargas ocorrem devido ao Transtorno do Processamento Sensorial (TPS) e apesar de maior prevalência, não ocorre somente em indivíduos com TEA. É importante ressaltar que um ser humano pode ter o TPS e não ser autista.É necessário destacarmos também, que um estímulo sensorial considerado forte, exagerado ou insuportável para o autista, pode ser algo tranquilo ou leve para uma pessoa típica.Isso porque o cérebro da pessoa autista processa as informações sensoriais de uma forma diferente do cérebro de uma pessoa não autista.Uma aborgagem essencial para diminuir essas sobrecargas sensoriais, é a Terapia Ocupacional que oferece:Avaliação Sensório-motoraIntegração SensorialDesenvolvimento de Estratégias de AutorregulaçãoAmbiente adaptadoUso de Ferramentas SensoriaisTreinamento de Habilidades Motoras e muito mais. Além de intervenções adequadas, é fundamental respeitarmos as necessidades sensoriais de cada pessoa e proporcionar ambientes mais adaptados e acolhedores para reduzir a ocorrência de sobrecargas sensoriais e promover qualidade de vida e bem-estar à todos.Por Débora Oliveira, Autista, TDAH e ativista da causa autista
O Transtorno do Espectro Autista – TEA é considerado como uma alteração complexa do neurodesenvolvimento que acomete principalmente nas áreas sociais, de comunicação e com presença de interesses restritos e ou comportamentos estereotipados, ou seja, comportamentos que não são funcionais para se comunicar, mas sim de auto regulação. Atualmente estima-se que a prevalência seja de 1 para 32, esse número vem sendo crescente ao longo dos anos. Não existe cura para o Autismo, e sim tratamentos que auxiliam na diminuição dos sintomas através de repertórios que são adquiridos por meio das intervenções. Vale ressaltar que quanto mais cedo iniciar com as intervenções, melhor será a qualidade de vida do autista. Tais intervenções não necessitam diretamente de ter um diagnostico fechado. Se a sua criança apresenta atrasos nos marcos do desenvolvimento, corra para intervir nesses atrasos. Há poucas explicações para o número crescente de Autismo, a causa que prevalece continua sendo a genética. Neurocientistas explicam alguns fatores que contribuem para o diagnostico, como fatores ambientais, idade dos pais por exemplo é uma delas, além dos genes que sofrem uma piora ao longo dos anos e a predisposição de ambas as partes, sendo paterna e materna. Os sinais podem ser vistos desde muito cedo (bebê) ou até mesmo na fase adulta.Para identifica-los precocemente faz-se necessário que a criança seja avaliada por profissionais especializados e bem treinados. Como médicos que atuam na área e psicólogos - Analistas do Comportamento. Identificar o autismo desde cedo é essencial, tendo em vista que as janelas de aprendizagem estão completamente abertas para se desenvolverem e são milhões de neurônios atuando no cérebro por segundos tentando formar sinapses de aprendizagem. Então quanto mais cedo intervir, melhor caminhara o prognostico. Como identificar os sinais? Os sintomas variam de acordo com a criança, porém as dificuldades se caracterizam sempre na comunicação social e na presença de comportamentos disfuncionais e ou interesses restritos. Linguagem Receptiva: a criança normalmente não atenta ao ser chamado pelo nome, não estabelece ou faz pouco contato visual, e que por vezes, não se sustenta; Não obedece aos comandos simples do adulto como: senta, levanta, pega, me dá, guarda, dar tchau, entre outros...Linguagem Expressiva: a criança se comunica usando a mão do adulto para obter o item desejado, não aponta, tem dificuldade para elaborar um pedido, construir frases, repete o que o outro fala, produzindo assim o que chamamos de ecolalia imediata. Comportamento Social: Não imita ou imita pouco as ações dos pares e dos adultos;Falta de interesse em outras pessoas, principalmente em brincar com os pares;Direciona o olhar para objetos e ignora as expressões faciais do adulto/pares;Dificuldade em estabelecer um diálogo; Tem preferência em brincar sozinho, não dá a função correta para o brinquedo, explora, mas não brinca; Rigidez de pensamento: sofrem com alteração de rotina e mudança de algo e o na forma de brincar, mania de enfileirar brinquedos, virar rodas, gostar de itens que giram e se movimentam; Dificuldade de entender e expressar as emoções.Comportamentos Motores: anda na ponta dos pés, faz movimentos com as mãos, principalmente quando está feliz. Alto prazer em ficar pulando e girando. Sono: alteração na rotina do sono, despertar principalmente nas madrugadas Alimentação: restrição e ou seletividade alimentar;Não aceita determinados alimentos pela textura e ou cheiro; Fazem uma seleção de alimentos pela cor; Tratamento - Procure por um Especialista! O tratamento com evidência de eficácia, segundo a Associação Americana de Psiquiatria-APA, é a terapia de intervenção comportamental — aplicada por psicólogos. A mais usada delas é a terapia com uso dos procedimentos da ABA - Análise Aplicada do Comportamento, embora existam outros. Como o tratamento para autismo é interdisciplinar e adequado as necessidades especificas dos indivíduos, ou seja, além da psicologia, pacientes podem se beneficiar com intervenções de fonoaudiologia, terapia ocupacional, musicoterapia, entre outros.Para mais informações, entre em contato conosco e agende uma consulta com um dos nossos especialistas! Por Juliana Moura, CEO da Clínica Mundo Kids - Núcleo de Desenvolvimento e Idealizadora do Parque Azul
DICA 1 - COMO ENSINAR O MEU FILHO(A) A PEDIR POR ALGO?A - Todas as vezes que o seu filho pegar na sua mão para te levar ao que ele deseja, peça para ele apontar dizendo apenas a instrução: “aponte” e se ele não conseguir apontar sozinho, além de fornecer o modelo de como apontar, dê ajuda física pegando na mão dele e apontando com o dedo para o item desejado.B - Entregue o item imediatamente após ter dado a ajuda para ele apontar, elogie-o por ter conseguido e fale o nome do item que ele pediu, faça isso todas as vezes! Não ceda!!C - Outra estratégia é: retirar alguns recursos do alcance de seu filho para que você tenha mais chances de ensiná-lo essa habilidade.D - Quando ele conseguir apontar para os itens desejados, apresente-lhe oportunidades de escolhas, com dois itens, por exemplo, peça para ele escolher e entregue-o imediatamente (sempre ressaltando o nome do objeto solicitado).E - Depois que o seu filho já tenha conseguido apontar para o que deseja e fazer uma escolha proximal, comece a estimular esse apontar com uma certa distância. Varie com diferentes objetos e com outras pessoas.Estas são algumas dicas que você pode usar para estimular o seu filho em casa, após esses passos, terão outros. Espero que tenham gostado!DICA 2 - COMO ENSINAR MEU FILHO IMITAR?A - Inicie com ações simples de apenas 1 passo, ou seja, um único movimento.B - Dê o modelo para a criança do que tem que ser feito de forma clara e objetiva.C - Use os brinquedos para iniciar, por exemplo, bater no tambor e dizer para a criança: “faz igual” ou “faz assim”.D - Elogie cada resposta que a criança der e continue na brincadeira se ela estiver gostando.E - Varie as ações e sempre dê um tempo para que ela processe o que precisa ser feito de, por exemplo, 2 a 3 segundos. Caso ela não consiga fazer sozinha, dê ajuda física para ela te imitar.DICA 3 - COMO ESTIMULAR A ATENÇÃO COMPARTILHADAQuando pensamos no ensino dessa habilidade, é importante destacar a relação triangular, ou seja, da criança para o objeto e em seguida para o interlocutor.A - Para estimular esse comportamento, inicie pelas coisas que são altamente de preferência da criança.B - O adulto diz para a criança “cadê a bola?” e simultaneamente o adulto olha para a bola. Nesse momento, a criança pode rastrear a direção do olhar do adulto, atentando-se para o mesmo aspecto que o adulto estava olhando (bola).C - Se a criança olhar para a bola ou objeto, forneça um elogio imediatamente. Se ela não olhar, direcione o rosto levemente com as mãos no queixo para ela olhar.D - Faça isso repetidas vezes com vários objetos e sempre mantenha o sorriso e elogio social.DICA 4 - COMO USAR UM BRINQUEDO PARA VARIAR NA BRINCADEIRA COM A CRIANÇA (RECURSOS DA ESTRELA - Caixa Encaixa)1 - Encaixar qualquer peça, de preferência a mais fácil;2 - Identificar e nomear as formas geométricas apresentando três de cada vez;3 - Separar por cor e discriminar os itens da mesma cor;4 - Dizer o nome do animal e colocar as flores pela cor;5 - Memória - Esconder o animal em um dos lados para a criança adivinhar onde está6 - Identificar os objetos no ambiente que tenha o formato da forma geométrica;7 - Estimular os conceitos dentro e fora;8 - Trabalhar a habilidade de responder sim ou não.DICA 5 - COMO ENSINAR A CRIANÇA A ESPERAR?A - Inicie com itens simples e mais fáceis de esperar.B - Coloque-os na frente da criança e dê e comando: “espera” ou “esperar”C - Se ela não esperar, dê ajuda física para que ela consiga.D - Faças múltiplas tentativas iniciando apenas com a instrução e não deixe que a criança espere por muito tempo. Máximo de 1 a 2 segundos inicialmente.E - Aumente o tempo de espera de forma gradativa e amplie para as situações que você deseja que seu filho espere.
Para quem não me conhece, meu nome é Mariana Nunes, mais conhecida como Tia Mari. Dedico minha vida ao autismo há 6 anos e, desde então, eu mudei. Sim, eu mudei. A Mariana, pesquisadora durona, deu lugar à Tia Mari sensível, empática, observadora.Há quem diga que empatia é se colocar no lugar do outro, mas prefiro pensar que é a capacidade de compreender a necessidade do outro, independentemente da nossa. O lugar do outro não me cabe, mas eu posso ser auxílio no que ele precisa. E, para mim, isso é ser terapeuta. É compreender aquele pequeno ser, em seu mundo particular. É respeitar suas vontades, habilidades, potencialidades e até (e principalmente) suas fragilidades. É dar lugar para que aquela pessoinha, desde pequena, se mostre, em sua totalidade. É sorrir fazendo a farra mais gostosa, mas encontrar aconchego em sua dor, quando a crise vier. É colo quando o dia não começou tão legal assim. Ou quando não acabou como esperado.Nós, terapeutas, passamos os dias fazendo parte da família de cada um dos nossos pacientes. Ouvimos, acolhemos, investigamos, intervimos. Participamos da escola, das demais terapias, dos grupos do WhatsApp, do shopping, do mercado… e de inúmeras situações que nos fazem pensar: caramba!! Eu ensino essa família a viver!!Sim, a viver e a conviver com uma condição que não foi esperada, mas que precisa ser compreendida e VIVIDA. E não, não somos detentores do saber. E sabe quem vai nos mostrar isso? O seu filho. A sua filha. Por mais que tenhamos a ciência a nosso favor, cada paciente nos demanda uma estratégia. Uma observação, uma orientação. Demanda supervisões, discussões de caso, reuniões, visitas… ufa!E sabe por que eu decidi fazer esta carta? Para que você não se sinta só e não nos deixe só. Andamos juntos, desde que nos permita. Que nos fale, mas também nos ouça. Que respeite o meu limite, o seu limite e o de quem mais importa: do seu pequeno ou do seu grandão. Porque sim: se desenvolver também requer limites, em todos os significados da palavra. Requer respeito, sabedoria e entrega. Mas também requer aproveitar cada etapa gostosa do aprender, desde a mínima habilidade, até o máximo dos nossos objetivos alcançados.E aí, quem vem comigo nesse desafio?Mariana Nunes dos SantosEsp. Em ABA para Autismo e Deficiência Intelectual.
Uma data instituída pela Lei Federal 9.970/00, uma conquista que demarca a luta pelos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes no território brasileiro.Esse ano temos como marco os 50 anos do assassinato da menina Araceli Crespo. Mas, quem foi Araceli? Em 18 de maio de 1973, uma menina de oito anos de idade, chamada Araceli, foi sequestrada, drogada, violentada sexualmente e assassinada, em Vitória (ES). No ano de 1991, os três réus acusados de matar a menina foram absolvidos e o crime permanece impune até hoje. A data sugerida foi 18 de maio, dia do assassinato de Araceli e em 2000 com a aprovação da Lei Federal 9.970/2000, tornou-se oficial em todo o território brasileiro. A campanha tem como símbolo uma flor, como uma lembrança dos desenhos da primeira infância, além de associar a necessidade de cuidado e proteção para um desenvolvimento saudável. Uma pesquisa recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada em 13 de julho, mostrou que um em cada sete adolescentes já sofreu algum tipo de violência sexual. Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2009/2019, que ouviu alunos do 9º ano do ensino fundamental (idades entre 13 e 15 anos) de capitais.Outra pesquisa, também feita pelo Fórum de Segurança, diz que pelo menos quatro meninas menores de 13 anos são vítimas de estupros por hora no país. E, por ano, mais de 21 mil ficam grávidas antes dos 14 anos. A maioria das vítimas de estupro tinha algum vínculo com o autor: 40% dos crimes foram cometidos por pais ou padrastos37% por primos, irmãos ou tiosQuase 9% por avósExistem princípios que orientam a proteção das crianças e adolescentes no Brasil?A resposta é SIM. O art. 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, Lei Nº 8069/90), assegurado pelo art. 227 da Constituição Federal de 1988, aponta que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito: à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. O Estatuto ainda garante que crianças e adolescentes devem ser protegidos de toda forma de: negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Tipos de violências que a criança sofre:O que é a exploração Econômica (também chamada de trabalho Infantil)?É quando crianças e adolescentes são constrangidos, convencidos ou obrigados a exercer funções e a assumir responsabilidades de adulto, inapropriadas à etapa de desenvolvimento em que se encontram.O que é a negligência?É a falta de cuidados com a proteção e o desenvolvimento da criança ou adolescente.O que é o abandono?É a ausência da pessoa de quem a criança ou o adolescente está sob cuidado, guarda, vigilância ou autoridade.O que é a violência física?É o uso da força física utilizada para machucar a criança ou adolescente de forma intencional, não-acidental. Por vezes, a violência física pode deixar no corpo marcas como hematomas, arranhões, fraturas, queimaduras, cortes, entre outros.O que é a violência psicológica?É um conjunto de atitudes, palavras e ações que objetivam constranger, envergonhar, censurar e pressionar a criança ou o adolescente de modo permanente, gerando situações vexatórias que podem prejudicá-lo em vários aspectos de sua saúde e desenvolvimento.O que é a violência institucional?É qualquer manifestação de violência contra crianças e adolescentes praticada por instituições formais ou por seus representantes, que são responsáveis pela sua proteção.O que é a omissão institucional?É a omissão dos órgãos em cumprir as suas atividades de assegurar a proteção e defesa de crianças e adolescentes.Atenção:Se você tiver suspeita ou conhecimento de alguma criança ou adolescente que esteja sofrendo violência, denuncie! Isso pode ajudar meninas e meninos que estejam em situação de risco. As denúncias podem ser feitas a qualquer uma dessas instituições:• Conselho Tutelar da sua cidade;• Disque 100 ou disque denúncia local;• Delegacias especializadas ou comuns;• Polícia Militar, Polícia Federal ou Polícia Rodoviária Federal;• Número 190; • Crimes na web: https://new.safernet.org.br/denuncie. Dicas de livro para ler com os filhos 1 - Não me toque, seu boboca!2 - Pipo e Fifi – Ensinando Proteção Contra a Violência Sexual na Infância 3 - Segredo Segredíssimo 4 - Meu Corpo, Meu Corpinho! Sinais de abuso em crianças · Hematomas e fraturas constantes· Uso de roupas compridas, mesmo no calor, para esconder machucados· Queimaduras de repetição· Cobrir o rosto com as mãos quando adulto fala mais firme· Mudanças bruscas de comportamento: criança se torna mais agressiva ou quieta e triste· Mudanças no padrão de alimentação ou sono: passaram a comer e dormir muito mais ou muito menos· Regressão de comportamento: voltar a usar fraldas, fazer xixi na cama, crises de choro· Atrasos no desenvolvimento· Comportamento sexualizado, inadequado para a idade, desenhos eróticos. · Demonstrar medo de algum parente ou adulto próximo à família· Infecção urinária, fungos, corrimento com constância mesmo sendo tratado.Textos informativos descritos pela Acompanhante Terapeuta Tai Moura, supervisionada pela Clínica Mundo Kids, Goiânia/GO.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado como um Transtorno do Neurodesenvolvimento e apresenta características que podem ser observadas na primeira infância pelos pais, cuidadores ou pela escola.Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Sociedade Norte-Americana de Psiquiatria, o DSM-5, o TEA é caracterizado pelos padrões restritos e repetitivos de comportamento, dificuldade na comunicação e de interação social. Mas como observar estas características no dia a dia? Sabe aquela criança que não faz contato visual, não atenta quando chamada pelo nome, não gosta de estar com outras crianças, ainda não aponta para solicitar o que deseja (o que já era esperado pela sua idade) e apresenta comportamentos repetitivos, como balançar as mãozinhas, andar na ponta dos pés, ou girar todos os objetos que vê pela frente?Aquela criança que tem fascínio por letras, números ou mapas, gosta de brincar sozinha, sabe de cor todas as falas dos desenhos (e até se comunica através delas), repete tudo o que os adultos falam, muito apegada a rotina, além de apresentar muita dificuldade com os cheiros e até cores de determinados alimentos? Ou aquela criança que apresenta atraso na fala, usa a mão dos adultos para alcançar o que deseja, tem aversão a determinadas texturas de alimentos ou brinquedos, ignora a presença de outras crianças, não responde a instruções simples do tipo “pega a bola”, tem aversão a ambientes barulhentos e que quando fica muito feliz, nervoso ou ansioso, realiza movimentos repetitivos?Pois é! Essas crianças podem fazer parte do Transtorno do Espectro do Autismo, necessitando de acompanhamento e diagnóstico de um profissional capacitado na área. Mas é aí que começam os desafios do diagnóstico. Os pais observam que o desenvolvimento da criança não acompanha o dos colegas. A professora fica sem jeito de comentar com a família, sem criar constrangimento. Mas e agora? Qual o primeiro passo?O que não pode ser adiado quando se trata de um Transtorno do Neurodesenvolvimento é uma ótima intervenção precoce, além da busca por um excelente profissional de neuropediatra ou psiquiatra infantil, que irá diagnosticar e/ou encaminhar a criança aos profissionais adequados. O diagnóstico é clínico, baseando-se nos sinais apresentados pela criança, mencionados anteriormente. Mas, atualmente, existem ferramentas de rastreio e sistematização de diagnóstico de TEA, devendo ser conduzida por profissionais habilitados na área.As causas do TEA podem ser genéticas, havendo mutações em genes no início do desenvolvimento fetal, podendo ser hereditárias ou não. Também podem ser ligadas a fatores ambientais, como a idade paterna ou utilização de ácido valpróico e nascimento prematuro. Outras causas ainda vêm sendo estudadas.É imprescindível o acompanhamento com profissionais que se baseiem na ciência ABA (Applied Behavior Analisys – Análise do Comportamento Aplicada), que têm por objetivo estudar, analisar e intervir na interação que o comportamento faz com o ambiente e a aprendizagem. Estes profissionais podem ser psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicopedagogos, dentre outros. Destes, sugere-se, inicialmente, a busca pelo profissional de Psicologia, que conduzirá todo o processo avaliativo e de intervenção, orientando a família com relação a repertórios em atraso, comportamentos e encaminhamentos aos demais profissionais.É de grande importância também, que a família seja amparada e cuidada, visto que o impacto do diagnóstico no âmbito familiar será sempre lembrado durante a caminhada desta criança. Em cada terapia, a cada evolução e por cada profissional que passar, os pais lembrarão deste momento e será necessário reajustar expectativas.Desta forma, nossa equipe encontra-se preparada para realizar o acolhimento destas crianças e famílias, avaliando e orientando cada processo de seu diagnóstico, crescimento, evolução e independência. Entre em contato conosco através de nossas redes sociais!! Mariana Nunes dos SantosEsp. Em ABA para Autismo e Deficiência Intelectual.
Eu tenho feito a analogia do barco no consultório, e hoje eu queria refletir junto com vocês se ela faz sentido? Navegar com um novo roteiro à partir do diagnóstico de TEA é compreender que nesse barco estarão essa mãe (muitas vezes à frente do seu comando), um companheiro se ele existe e esse filho(s), Essa família enfrentará dias de sol intensos e as terapias são como o recurso do filtro solar que ajudam a proteger a saúde emocional tanto da criança quanto dessa mãe,Haverão dias de tempestades, em outros chuvas leves e outras intensas, mas também dias em que o arco íris no final do dia aparece colorindo as pequenas conquistas e renova a esperança de todos, E os ajustes das velas está exatamente em como essa família irá construir esse novo roteiro. As fases do luto do filho idealizado dizem sobre esse ajuste das velas, a primeira é de negação e raiva e esse olhar mais pessimista. Já a fase de barganha elas priorizam o aprendizado sobre o diagnóstico, as terapias do filho, aqui existe uma tentativa de aliviar a dor e ponderar possíveis soluções, mas aos poucos vão compreendendo a importância de dar lugar a esse filho real e suas necessidades. Algumas mães tem uma predisposição à ficarem na fase de depressão por mais tempo e nessa fase ocorre a reclusão dela para o seu mundo interno, onde ela passa a se isolar e a se considerar impotente frente ao diagnóstico. Geralmente, é a fase mais duradoura do processo desse luto, caracterizada por um sofrimento intenso. Nessa fase buscar ajuda profissional se faz necessário. E aqui eu posso navegar junto com você! A aceitação última fase do luto, muitas já esperavam o diagnóstico, então existe aqui o alívio e a confiança na equipe multidisciplinar, aqui essa mãe não se sente mais desesperada e já consegue enxergar a realidade como ela é. Ocorre a assimilação e aceitação desse filho real. Nem sempre todas irão passar por essas fases de forma tão clara. Cada mulher pode ter experimentado de maneiras bem diferentes dependendo da sua formação psíquica( história de vida, como lida com situações desconfortáveis e desafiadoras) e da sociedade em que vive e de suas experiências pessoais anteriores.Ajustar as velas e se permitir ser amparada nessa construção de um novo roteiro é cuidar dos seus tripulantes.E aí eu pergunto pra vocês como tem sido construir um novo roteiro?Compartilhar essas vivências não seria um bom caminho para se fortalecerem? Eu digo que sim e nesses dois últimos anos eu tenho acompanhado mulheres que perceberam a importância de se fortalecerem emocionalmente se tornando uma rede de apoio transformadora para mães! E agora essa rede também poderá ser formada na Mundo Kids! E você vem com a gente!? Texto escrito pela Psicóloga Juliana Souza, realiza Psicoterapia em grupo e individual presencial na Mundo Kids.
Desde o nascimento a criança está sempre em processo de aprendizagem. Este processo envolve tanto o ambiente quanto o aspecto biológico do indivíduo. Estimular a criança desde o seu nascimento, respeitando suas fases de desenvolvimento, é fundamental para que se tenha um bom desempenho acadêmico ao longo da vida. Desta forma, proporcionar as crianças novas experiências, descobertas e desafios, possibilita o desenvolvimento de habilidades que são fundamentais para o processo de aprendizagem. Essas habilidades podem ser estimuladas nos mais diversos ambientes, podendo ocorrer tanto no ambiente escolar quanto no ambiente familiar. O importante é que elas sejam estimuladas de forma lúdica e prazerosa, pois ao se falar de infância, nada mais efetivo do que proporcionar aos nossos pequenos um ambiente acolhedor, alegre e cheio de brincadeiras. E não podemos esquecer que principalmente na infância, aprendizagem e afeto caminham juntos.O brincar, tão praticado na Educação Infantil, deve ter como objetivo proporcionar o treino das habilidades pré-acadêmicas necessárias para o processo de Alfabetização.Dentre as áreas que necessitam de estímulos durante este processo destacamos: esquema corporal, lateralidade, orientação espacial, orientação temporal, discriminação visual e auditiva, análise e síntese, oralidade, coordenação viso motora, consciência fonológica, ritmo, memória cinestésica e coordenação motora fina.Avaliar esse repertório comportamental da criança é fundamental para que o início do processo de alfabetização, sobretudo no que se refere a aprendizagem da leitura e escrita ocorra da melhor forma possível. Caso você tenha alguma dúvida sobre o desenvolvimento de seu filho(a), aqui na Mundo Kids temos profissionais capacitados para fazer uma avaliação completa das habilidades preditoras para a alfabetização de seu filho e oferecemos ainda programas específicos que atendam as necessidades de cada criança nesse processo tão importante e fundamental do início da vida acadêmica.Text Escrito por Lucinei Rosa | Pedagoga Psicopedagoga na Mundo Kids, Mestra em Educação e Estudante de Psicologia.