As sobrecargas sensoriais no autismo referem-se a uma reação intensa e avassaladora a estímulos sensoriais do ambiente, que pode ser desencadeada por um ou mais sentidos (visão, audição, olfato, tato, paladar) de forma simultânea ou isolada. Isso ocorre pela dificuldade do cérebro em processar ou regular essas informações sensoriais.As sobrecargas podem ocorrer em diferentes ambientes, como locais com muitos ruídos, luzes brilhantes, multidões, cheiros fortes, cores fortes, texturas desconfortáveis ou outras situações que envolvam uma grande quantidade de estímulos sensoriais ou um único estímulo em uma intensidade maior. Em geral, as sobrecargas ocorrem devido ao Transtorno do Processamento Sensorial (TPS) e apesar de maior prevalência, não ocorre somente em indivíduos com TEA. É importante ressaltar que um ser humano pode ter o TPS e não ser autista.É necessário destacarmos também, que um estímulo sensorial considerado forte, exagerado ou insuportável para o autista, pode ser algo tranquilo ou leve para uma pessoa típica.Isso porque o cérebro da pessoa autista processa as informações sensoriais de uma forma diferente do cérebro de uma pessoa não autista.Uma aborgagem essencial para diminuir essas sobrecargas sensoriais, é a Terapia Ocupacional que oferece:Avaliação Sensório-motoraIntegração SensorialDesenvolvimento de Estratégias de AutorregulaçãoAmbiente adaptadoUso de Ferramentas SensoriaisTreinamento de Habilidades Motoras e muito mais. Além de intervenções adequadas, é fundamental respeitarmos as necessidades sensoriais de cada pessoa e proporcionar ambientes mais adaptados e acolhedores para reduzir a ocorrência de sobrecargas sensoriais e promover qualidade de vida e bem-estar à todos.Por Débora Oliveira, Autista, TDAH e ativista da causa autista
O Transtorno do Espectro Autista – TEA é considerado como uma alteração complexa do neurodesenvolvimento que acomete principalmente nas áreas sociais, de comunicação e com presença de interesses restritos e ou comportamentos estereotipados, ou seja, comportamentos que não são funcionais para se comunicar, mas sim de auto regulação. Atualmente estima-se que a prevalência seja de 1 para 32, esse número vem sendo crescente ao longo dos anos. Não existe cura para o Autismo, e sim tratamentos que auxiliam na diminuição dos sintomas através de repertórios que são adquiridos por meio das intervenções. Vale ressaltar que quanto mais cedo iniciar com as intervenções, melhor será a qualidade de vida do autista. Tais intervenções não necessitam diretamente de ter um diagnostico fechado. Se a sua criança apresenta atrasos nos marcos do desenvolvimento, corra para intervir nesses atrasos. Há poucas explicações para o número crescente de Autismo, a causa que prevalece continua sendo a genética. Neurocientistas explicam alguns fatores que contribuem para o diagnostico, como fatores ambientais, idade dos pais por exemplo é uma delas, além dos genes que sofrem uma piora ao longo dos anos e a predisposição de ambas as partes, sendo paterna e materna. Os sinais podem ser vistos desde muito cedo (bebê) ou até mesmo na fase adulta.Para identifica-los precocemente faz-se necessário que a criança seja avaliada por profissionais especializados e bem treinados. Como médicos que atuam na área e psicólogos - Analistas do Comportamento. Identificar o autismo desde cedo é essencial, tendo em vista que as janelas de aprendizagem estão completamente abertas para se desenvolverem e são milhões de neurônios atuando no cérebro por segundos tentando formar sinapses de aprendizagem. Então quanto mais cedo intervir, melhor caminhara o prognostico. Como identificar os sinais? Os sintomas variam de acordo com a criança, porém as dificuldades se caracterizam sempre na comunicação social e na presença de comportamentos disfuncionais e ou interesses restritos. Linguagem Receptiva: a criança normalmente não atenta ao ser chamado pelo nome, não estabelece ou faz pouco contato visual, e que por vezes, não se sustenta; Não obedece aos comandos simples do adulto como: senta, levanta, pega, me dá, guarda, dar tchau, entre outros...Linguagem Expressiva: a criança se comunica usando a mão do adulto para obter o item desejado, não aponta, tem dificuldade para elaborar um pedido, construir frases, repete o que o outro fala, produzindo assim o que chamamos de ecolalia imediata. Comportamento Social: Não imita ou imita pouco as ações dos pares e dos adultos;Falta de interesse em outras pessoas, principalmente em brincar com os pares;Direciona o olhar para objetos e ignora as expressões faciais do adulto/pares;Dificuldade em estabelecer um diálogo; Tem preferência em brincar sozinho, não dá a função correta para o brinquedo, explora, mas não brinca; Rigidez de pensamento: sofrem com alteração de rotina e mudança de algo e o na forma de brincar, mania de enfileirar brinquedos, virar rodas, gostar de itens que giram e se movimentam; Dificuldade de entender e expressar as emoções.Comportamentos Motores: anda na ponta dos pés, faz movimentos com as mãos, principalmente quando está feliz. Alto prazer em ficar pulando e girando. Sono: alteração na rotina do sono, despertar principalmente nas madrugadas Alimentação: restrição e ou seletividade alimentar;Não aceita determinados alimentos pela textura e ou cheiro; Fazem uma seleção de alimentos pela cor; Tratamento - Procure por um Especialista! O tratamento com evidência de eficácia, segundo a Associação Americana de Psiquiatria-APA, é a terapia de intervenção comportamental — aplicada por psicólogos. A mais usada delas é a terapia com uso dos procedimentos da ABA - Análise Aplicada do Comportamento, embora existam outros. Como o tratamento para autismo é interdisciplinar e adequado as necessidades especificas dos indivíduos, ou seja, além da psicologia, pacientes podem se beneficiar com intervenções de fonoaudiologia, terapia ocupacional, musicoterapia, entre outros.Para mais informações, entre em contato conosco e agende uma consulta com um dos nossos especialistas! Por Juliana Moura, CEO da Clínica Mundo Kids - Núcleo de Desenvolvimento e Idealizadora do Parque Azul
DICA 1 - COMO ENSINAR O MEU FILHO(A) A PEDIR POR ALGO?A - Todas as vezes que o seu filho pegar na sua mão para te levar ao que ele deseja, peça para ele apontar dizendo apenas a instrução: “aponte” e se ele não conseguir apontar sozinho, além de fornecer o modelo de como apontar, dê ajuda física pegando na mão dele e apontando com o dedo para o item desejado.B - Entregue o item imediatamente após ter dado a ajuda para ele apontar, elogie-o por ter conseguido e fale o nome do item que ele pediu, faça isso todas as vezes! Não ceda!!C - Outra estratégia é: retirar alguns recursos do alcance de seu filho para que você tenha mais chances de ensiná-lo essa habilidade.D - Quando ele conseguir apontar para os itens desejados, apresente-lhe oportunidades de escolhas, com dois itens, por exemplo, peça para ele escolher e entregue-o imediatamente (sempre ressaltando o nome do objeto solicitado).E - Depois que o seu filho já tenha conseguido apontar para o que deseja e fazer uma escolha proximal, comece a estimular esse apontar com uma certa distância. Varie com diferentes objetos e com outras pessoas.Estas são algumas dicas que você pode usar para estimular o seu filho em casa, após esses passos, terão outros. Espero que tenham gostado!DICA 2 - COMO ENSINAR MEU FILHO IMITAR?A - Inicie com ações simples de apenas 1 passo, ou seja, um único movimento.B - Dê o modelo para a criança do que tem que ser feito de forma clara e objetiva.C - Use os brinquedos para iniciar, por exemplo, bater no tambor e dizer para a criança: “faz igual” ou “faz assim”.D - Elogie cada resposta que a criança der e continue na brincadeira se ela estiver gostando.E - Varie as ações e sempre dê um tempo para que ela processe o que precisa ser feito de, por exemplo, 2 a 3 segundos. Caso ela não consiga fazer sozinha, dê ajuda física para ela te imitar.DICA 3 - COMO ESTIMULAR A ATENÇÃO COMPARTILHADAQuando pensamos no ensino dessa habilidade, é importante destacar a relação triangular, ou seja, da criança para o objeto e em seguida para o interlocutor.A - Para estimular esse comportamento, inicie pelas coisas que são altamente de preferência da criança.B - O adulto diz para a criança “cadê a bola?” e simultaneamente o adulto olha para a bola. Nesse momento, a criança pode rastrear a direção do olhar do adulto, atentando-se para o mesmo aspecto que o adulto estava olhando (bola).C - Se a criança olhar para a bola ou objeto, forneça um elogio imediatamente. Se ela não olhar, direcione o rosto levemente com as mãos no queixo para ela olhar.D - Faça isso repetidas vezes com vários objetos e sempre mantenha o sorriso e elogio social.DICA 4 - COMO USAR UM BRINQUEDO PARA VARIAR NA BRINCADEIRA COM A CRIANÇA (RECURSOS DA ESTRELA - Caixa Encaixa)1 - Encaixar qualquer peça, de preferência a mais fácil;2 - Identificar e nomear as formas geométricas apresentando três de cada vez;3 - Separar por cor e discriminar os itens da mesma cor;4 - Dizer o nome do animal e colocar as flores pela cor;5 - Memória - Esconder o animal em um dos lados para a criança adivinhar onde está6 - Identificar os objetos no ambiente que tenha o formato da forma geométrica;7 - Estimular os conceitos dentro e fora;8 - Trabalhar a habilidade de responder sim ou não.DICA 5 - COMO ENSINAR A CRIANÇA A ESPERAR?A - Inicie com itens simples e mais fáceis de esperar.B - Coloque-os na frente da criança e dê e comando: “espera” ou “esperar”C - Se ela não esperar, dê ajuda física para que ela consiga.D - Faças múltiplas tentativas iniciando apenas com a instrução e não deixe que a criança espere por muito tempo. Máximo de 1 a 2 segundos inicialmente.E - Aumente o tempo de espera de forma gradativa e amplie para as situações que você deseja que seu filho espere.
Para quem não me conhece, meu nome é Mariana Nunes, mais conhecida como Tia Mari. Dedico minha vida ao autismo há 6 anos e, desde então, eu mudei. Sim, eu mudei. A Mariana, pesquisadora durona, deu lugar à Tia Mari sensível, empática, observadora.Há quem diga que empatia é se colocar no lugar do outro, mas prefiro pensar que é a capacidade de compreender a necessidade do outro, independentemente da nossa. O lugar do outro não me cabe, mas eu posso ser auxílio no que ele precisa. E, para mim, isso é ser terapeuta. É compreender aquele pequeno ser, em seu mundo particular. É respeitar suas vontades, habilidades, potencialidades e até (e principalmente) suas fragilidades. É dar lugar para que aquela pessoinha, desde pequena, se mostre, em sua totalidade. É sorrir fazendo a farra mais gostosa, mas encontrar aconchego em sua dor, quando a crise vier. É colo quando o dia não começou tão legal assim. Ou quando não acabou como esperado.Nós, terapeutas, passamos os dias fazendo parte da família de cada um dos nossos pacientes. Ouvimos, acolhemos, investigamos, intervimos. Participamos da escola, das demais terapias, dos grupos do WhatsApp, do shopping, do mercado… e de inúmeras situações que nos fazem pensar: caramba!! Eu ensino essa família a viver!!Sim, a viver e a conviver com uma condição que não foi esperada, mas que precisa ser compreendida e VIVIDA. E não, não somos detentores do saber. E sabe quem vai nos mostrar isso? O seu filho. A sua filha. Por mais que tenhamos a ciência a nosso favor, cada paciente nos demanda uma estratégia. Uma observação, uma orientação. Demanda supervisões, discussões de caso, reuniões, visitas… ufa!E sabe por que eu decidi fazer esta carta? Para que você não se sinta só e não nos deixe só. Andamos juntos, desde que nos permita. Que nos fale, mas também nos ouça. Que respeite o meu limite, o seu limite e o de quem mais importa: do seu pequeno ou do seu grandão. Porque sim: se desenvolver também requer limites, em todos os significados da palavra. Requer respeito, sabedoria e entrega. Mas também requer aproveitar cada etapa gostosa do aprender, desde a mínima habilidade, até o máximo dos nossos objetivos alcançados.E aí, quem vem comigo nesse desafio?Mariana Nunes dos SantosEsp. Em ABA para Autismo e Deficiência Intelectual.
Uma data instituída pela Lei Federal 9.970/00, uma conquista que demarca a luta pelos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes no território brasileiro.Esse ano temos como marco os 50 anos do assassinato da menina Araceli Crespo. Mas, quem foi Araceli? Em 18 de maio de 1973, uma menina de oito anos de idade, chamada Araceli, foi sequestrada, drogada, violentada sexualmente e assassinada, em Vitória (ES). No ano de 1991, os três réus acusados de matar a menina foram absolvidos e o crime permanece impune até hoje. A data sugerida foi 18 de maio, dia do assassinato de Araceli e em 2000 com a aprovação da Lei Federal 9.970/2000, tornou-se oficial em todo o território brasileiro. A campanha tem como símbolo uma flor, como uma lembrança dos desenhos da primeira infância, além de associar a necessidade de cuidado e proteção para um desenvolvimento saudável. Uma pesquisa recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada em 13 de julho, mostrou que um em cada sete adolescentes já sofreu algum tipo de violência sexual. Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2009/2019, que ouviu alunos do 9º ano do ensino fundamental (idades entre 13 e 15 anos) de capitais.Outra pesquisa, também feita pelo Fórum de Segurança, diz que pelo menos quatro meninas menores de 13 anos são vítimas de estupros por hora no país. E, por ano, mais de 21 mil ficam grávidas antes dos 14 anos. A maioria das vítimas de estupro tinha algum vínculo com o autor: 40% dos crimes foram cometidos por pais ou padrastos37% por primos, irmãos ou tiosQuase 9% por avósExistem princípios que orientam a proteção das crianças e adolescentes no Brasil?A resposta é SIM. O art. 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, Lei Nº 8069/90), assegurado pelo art. 227 da Constituição Federal de 1988, aponta que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito: à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. O Estatuto ainda garante que crianças e adolescentes devem ser protegidos de toda forma de: negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Tipos de violências que a criança sofre:O que é a exploração Econômica (também chamada de trabalho Infantil)?É quando crianças e adolescentes são constrangidos, convencidos ou obrigados a exercer funções e a assumir responsabilidades de adulto, inapropriadas à etapa de desenvolvimento em que se encontram.O que é a negligência?É a falta de cuidados com a proteção e o desenvolvimento da criança ou adolescente.O que é o abandono?É a ausência da pessoa de quem a criança ou o adolescente está sob cuidado, guarda, vigilância ou autoridade.O que é a violência física?É o uso da força física utilizada para machucar a criança ou adolescente de forma intencional, não-acidental. Por vezes, a violência física pode deixar no corpo marcas como hematomas, arranhões, fraturas, queimaduras, cortes, entre outros.O que é a violência psicológica?É um conjunto de atitudes, palavras e ações que objetivam constranger, envergonhar, censurar e pressionar a criança ou o adolescente de modo permanente, gerando situações vexatórias que podem prejudicá-lo em vários aspectos de sua saúde e desenvolvimento.O que é a violência institucional?É qualquer manifestação de violência contra crianças e adolescentes praticada por instituições formais ou por seus representantes, que são responsáveis pela sua proteção.O que é a omissão institucional?É a omissão dos órgãos em cumprir as suas atividades de assegurar a proteção e defesa de crianças e adolescentes.Atenção:Se você tiver suspeita ou conhecimento de alguma criança ou adolescente que esteja sofrendo violência, denuncie! Isso pode ajudar meninas e meninos que estejam em situação de risco. As denúncias podem ser feitas a qualquer uma dessas instituições:• Conselho Tutelar da sua cidade;• Disque 100 ou disque denúncia local;• Delegacias especializadas ou comuns;• Polícia Militar, Polícia Federal ou Polícia Rodoviária Federal;• Número 190; • Crimes na web: https://new.safernet.org.br/denuncie. Dicas de livro para ler com os filhos 1 - Não me toque, seu boboca!2 - Pipo e Fifi – Ensinando Proteção Contra a Violência Sexual na Infância 3 - Segredo Segredíssimo 4 - Meu Corpo, Meu Corpinho! Sinais de abuso em crianças · Hematomas e fraturas constantes· Uso de roupas compridas, mesmo no calor, para esconder machucados· Queimaduras de repetição· Cobrir o rosto com as mãos quando adulto fala mais firme· Mudanças bruscas de comportamento: criança se torna mais agressiva ou quieta e triste· Mudanças no padrão de alimentação ou sono: passaram a comer e dormir muito mais ou muito menos· Regressão de comportamento: voltar a usar fraldas, fazer xixi na cama, crises de choro· Atrasos no desenvolvimento· Comportamento sexualizado, inadequado para a idade, desenhos eróticos. · Demonstrar medo de algum parente ou adulto próximo à família· Infecção urinária, fungos, corrimento com constância mesmo sendo tratado.Textos informativos descritos pela Acompanhante Terapeuta Tai Moura, supervisionada pela Clínica Mundo Kids, Goiânia/GO.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado como um Transtorno do Neurodesenvolvimento e apresenta características que podem ser observadas na primeira infância pelos pais, cuidadores ou pela escola.Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Sociedade Norte-Americana de Psiquiatria, o DSM-5, o TEA é caracterizado pelos padrões restritos e repetitivos de comportamento, dificuldade na comunicação e de interação social. Mas como observar estas características no dia a dia? Sabe aquela criança que não faz contato visual, não atenta quando chamada pelo nome, não gosta de estar com outras crianças, ainda não aponta para solicitar o que deseja (o que já era esperado pela sua idade) e apresenta comportamentos repetitivos, como balançar as mãozinhas, andar na ponta dos pés, ou girar todos os objetos que vê pela frente?Aquela criança que tem fascínio por letras, números ou mapas, gosta de brincar sozinha, sabe de cor todas as falas dos desenhos (e até se comunica através delas), repete tudo o que os adultos falam, muito apegada a rotina, além de apresentar muita dificuldade com os cheiros e até cores de determinados alimentos? Ou aquela criança que apresenta atraso na fala, usa a mão dos adultos para alcançar o que deseja, tem aversão a determinadas texturas de alimentos ou brinquedos, ignora a presença de outras crianças, não responde a instruções simples do tipo “pega a bola”, tem aversão a ambientes barulhentos e que quando fica muito feliz, nervoso ou ansioso, realiza movimentos repetitivos?Pois é! Essas crianças podem fazer parte do Transtorno do Espectro do Autismo, necessitando de acompanhamento e diagnóstico de um profissional capacitado na área. Mas é aí que começam os desafios do diagnóstico. Os pais observam que o desenvolvimento da criança não acompanha o dos colegas. A professora fica sem jeito de comentar com a família, sem criar constrangimento. Mas e agora? Qual o primeiro passo?O que não pode ser adiado quando se trata de um Transtorno do Neurodesenvolvimento é uma ótima intervenção precoce, além da busca por um excelente profissional de neuropediatra ou psiquiatra infantil, que irá diagnosticar e/ou encaminhar a criança aos profissionais adequados. O diagnóstico é clínico, baseando-se nos sinais apresentados pela criança, mencionados anteriormente. Mas, atualmente, existem ferramentas de rastreio e sistematização de diagnóstico de TEA, devendo ser conduzida por profissionais habilitados na área.As causas do TEA podem ser genéticas, havendo mutações em genes no início do desenvolvimento fetal, podendo ser hereditárias ou não. Também podem ser ligadas a fatores ambientais, como a idade paterna ou utilização de ácido valpróico e nascimento prematuro. Outras causas ainda vêm sendo estudadas.É imprescindível o acompanhamento com profissionais que se baseiem na ciência ABA (Applied Behavior Analisys – Análise do Comportamento Aplicada), que têm por objetivo estudar, analisar e intervir na interação que o comportamento faz com o ambiente e a aprendizagem. Estes profissionais podem ser psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicopedagogos, dentre outros. Destes, sugere-se, inicialmente, a busca pelo profissional de Psicologia, que conduzirá todo o processo avaliativo e de intervenção, orientando a família com relação a repertórios em atraso, comportamentos e encaminhamentos aos demais profissionais.É de grande importância também, que a família seja amparada e cuidada, visto que o impacto do diagnóstico no âmbito familiar será sempre lembrado durante a caminhada desta criança. Em cada terapia, a cada evolução e por cada profissional que passar, os pais lembrarão deste momento e será necessário reajustar expectativas.Desta forma, nossa equipe encontra-se preparada para realizar o acolhimento destas crianças e famílias, avaliando e orientando cada processo de seu diagnóstico, crescimento, evolução e independência. Entre em contato conosco através de nossas redes sociais!! Mariana Nunes dos SantosEsp. Em ABA para Autismo e Deficiência Intelectual.
Eu tenho feito a analogia do barco no consultório, e hoje eu queria refletir junto com vocês se ela faz sentido? Navegar com um novo roteiro à partir do diagnóstico de TEA é compreender que nesse barco estarão essa mãe (muitas vezes à frente do seu comando), um companheiro se ele existe e esse filho(s), Essa família enfrentará dias de sol intensos e as terapias são como o recurso do filtro solar que ajudam a proteger a saúde emocional tanto da criança quanto dessa mãe,Haverão dias de tempestades, em outros chuvas leves e outras intensas, mas também dias em que o arco íris no final do dia aparece colorindo as pequenas conquistas e renova a esperança de todos, E os ajustes das velas está exatamente em como essa família irá construir esse novo roteiro. As fases do luto do filho idealizado dizem sobre esse ajuste das velas, a primeira é de negação e raiva e esse olhar mais pessimista. Já a fase de barganha elas priorizam o aprendizado sobre o diagnóstico, as terapias do filho, aqui existe uma tentativa de aliviar a dor e ponderar possíveis soluções, mas aos poucos vão compreendendo a importância de dar lugar a esse filho real e suas necessidades. Algumas mães tem uma predisposição à ficarem na fase de depressão por mais tempo e nessa fase ocorre a reclusão dela para o seu mundo interno, onde ela passa a se isolar e a se considerar impotente frente ao diagnóstico. Geralmente, é a fase mais duradoura do processo desse luto, caracterizada por um sofrimento intenso. Nessa fase buscar ajuda profissional se faz necessário. E aqui eu posso navegar junto com você! A aceitação última fase do luto, muitas já esperavam o diagnóstico, então existe aqui o alívio e a confiança na equipe multidisciplinar, aqui essa mãe não se sente mais desesperada e já consegue enxergar a realidade como ela é. Ocorre a assimilação e aceitação desse filho real. Nem sempre todas irão passar por essas fases de forma tão clara. Cada mulher pode ter experimentado de maneiras bem diferentes dependendo da sua formação psíquica( história de vida, como lida com situações desconfortáveis e desafiadoras) e da sociedade em que vive e de suas experiências pessoais anteriores.Ajustar as velas e se permitir ser amparada nessa construção de um novo roteiro é cuidar dos seus tripulantes.E aí eu pergunto pra vocês como tem sido construir um novo roteiro?Compartilhar essas vivências não seria um bom caminho para se fortalecerem? Eu digo que sim e nesses dois últimos anos eu tenho acompanhado mulheres que perceberam a importância de se fortalecerem emocionalmente se tornando uma rede de apoio transformadora para mães! E agora essa rede também poderá ser formada na Mundo Kids! E você vem com a gente!? Texto escrito pela Psicóloga Juliana Souza, realiza Psicoterapia em grupo e individual presencial na Mundo Kids.
Desde o nascimento a criança está sempre em processo de aprendizagem. Este processo envolve tanto o ambiente quanto o aspecto biológico do indivíduo. Estimular a criança desde o seu nascimento, respeitando suas fases de desenvolvimento, é fundamental para que se tenha um bom desempenho acadêmico ao longo da vida. Desta forma, proporcionar as crianças novas experiências, descobertas e desafios, possibilita o desenvolvimento de habilidades que são fundamentais para o processo de aprendizagem. Essas habilidades podem ser estimuladas nos mais diversos ambientes, podendo ocorrer tanto no ambiente escolar quanto no ambiente familiar. O importante é que elas sejam estimuladas de forma lúdica e prazerosa, pois ao se falar de infância, nada mais efetivo do que proporcionar aos nossos pequenos um ambiente acolhedor, alegre e cheio de brincadeiras. E não podemos esquecer que principalmente na infância, aprendizagem e afeto caminham juntos.O brincar, tão praticado na Educação Infantil, deve ter como objetivo proporcionar o treino das habilidades pré-acadêmicas necessárias para o processo de Alfabetização.Dentre as áreas que necessitam de estímulos durante este processo destacamos: esquema corporal, lateralidade, orientação espacial, orientação temporal, discriminação visual e auditiva, análise e síntese, oralidade, coordenação viso motora, consciência fonológica, ritmo, memória cinestésica e coordenação motora fina.Avaliar esse repertório comportamental da criança é fundamental para que o início do processo de alfabetização, sobretudo no que se refere a aprendizagem da leitura e escrita ocorra da melhor forma possível. Caso você tenha alguma dúvida sobre o desenvolvimento de seu filho(a), aqui na Mundo Kids temos profissionais capacitados para fazer uma avaliação completa das habilidades preditoras para a alfabetização de seu filho e oferecemos ainda programas específicos que atendam as necessidades de cada criança nesse processo tão importante e fundamental do início da vida acadêmica.Text Escrito por Lucinei Rosa | Pedagoga Psicopedagoga na Mundo Kids, Mestra em Educação e Estudante de Psicologia.
Qual a diferença do modelo Denver de intervenção precoce para outros tratamentos? O modelo Precoce de Denver centraliza os esforços do tratamento exatamente no centro dos sintomas do autismo, ou seja, a reciprocidade social, o engajamento social, o interesse social, o primeiro objetivo do nosso trabalho é trazer a criança de volta a interação social Garantir que a criança observe mais, imite mais, interaja mais com outras pessoas, utilizando a própria motivação da criança por objetos, brinquedos e pessoas possibilitando o aprendizado de novas habilidades em todas as esferas do desenvolvimento, como a imitação, comunicação, competências sociais, habilidades cognitivas, independência social, pessoal, motricidade fina, entre outros. As crianças passam boa parte do seu tempo livre de atividades estruturadas em sua rotina, e parte desse tempo é destinada a brincar. A brincadeira tem diversas funções importante para o desenvolvimento das crianças, elas utilizam as brincadeiras para adquirir novas competências e para colocar em prática competências que já tem domínio, variam as brincadeiras e experimentam novas formas criativas de utilizar os brinquedos ou objetos disponíveis, elas também utilizam as brincadeiras para práticas suas aptidões sociais. Tentar subir e descer escadas ou moveis da casa, encaixar peças de lego ou quebra cabeças, colocar e retirar objetos de recipientes, empurrar carrinhos, quase tudo serve para que possam brincar: panelas, caixas de papelão, colheres, recipientes de plástico, tampas, aprendem através da observação, nas brincadeiras de faz de conta, através da imitação, tudo se transforma numa oportunidade de aprendizado. Embora as crianças gostem de brincadeiras repetitivas como bater uma colher na panela, colocar e retirar objetos de recipientes, as brincadeiras de uma criança no espectro podem variar em relação as brincadeiras dos seus pares, pois tendem a repetir uma ação ou movimento com uma frequência e período de tempo maior, suas brincadeiras são mais simples e geralmente brincam com objetos incomuns ou de forma diferente, como girar as rodas do carrinhos, alinhá-los ao invés de empurrá-los, ou brincar com uma colher, escova de dente, pedras no lugar dos brinquedos convencionais, não demonstram tanto interesse me brincadeiras de faz de conta ou imitação, e muitas vezes preferem brincar sozinhas do que compartilhar a brincadeira ou brinquedos. No modelo Precoce Denver as brincadeiras e jogos são utilizados como base para o aprendizado, estas atividades são realizadas em ambientes naturais e não em ambientes controlados/estruturados, o interesse da criança e quem irá guiar a intervenção. O ambiente terapêutico deve ser adaptado para que a criança consiga aprender e se desenvolver no seu ambiente natural através das brincadeiras que ela gosta. Para garantir que o Modelo Precoce de Denver está sendo executado corretamente é preciso estar atento a 13 aspectos: 1. A gestão da atenção da criança: é preciso garantir que a criança está distribuindo bem a atenção visual e auditiva dela entre nós e o material; se a criança está montando um quebra-cabeça mas não existe troca social não existe troca de olhares e reciprocidade, este aprendizado não acontecera de maneira plena e suficiente, tendo em vista que uma das maiores dificuldades presentes no autismo é a de comunicação social e de engajamento social a gestão na atenção da criança é absolutamente fundamental. 2. Qualidade do ensino comportamental, ou seja, os aspectos do aprendizado: Se temos uma sequência baseada na ciência do aprendizado e ela possui antecedentes claros dos comportamentos apresentados pela criança a aplicação de consequências adequadas, o reforço ou a correção e a sua frequência é dada pelo adulto, gerenciando assim o aprendizado da criança. 3. Aplicação de técnicas de instrução ou qualidade do suporte: a qualidade do suporte que está sendo oferecido para criança é suficiente para facilitar que ela seja capaz de aprender novos comportamentos, esse suporte precisa ser sistemático. 4. Gestão do nível de alerta da criança: se a criança está hiperexcitada, muito agitada, ela não consegue se concentrar para aprender, mas se uma criança está hipoexcitada ou seja, desmotivada ela não terá a mesma percepção, por isto é preciso gerenciar a motivação, neste caso não tem relação com problemas de comportamento, mas sim com a otimização do humor, estado ou nível de participação da criança. Por isso é fundamental o gerenciamento da motivação e do nível de alerta da criança. 5. Gestão dos comportamentos indesejados/inapropriados: se a criança está apresentando comportamentos inapropriados como bater, gritar, se jogar, jogar objetos e fuga, é preciso intervir para que a criança reduza a frequência desses comportamentos e aprenda comportamentos mais apropriados, pois tais comportamentos deixam a taxa de desenvolvimento da criança mais lento e menos significativo. 6. Qualidade do compromisso diádico ou reciprocidade: é um tipo de compromisso social em que a criança está consciente das atividades do adulto e o adulto é um parceiro interativo, ambos têm consciência do seu papel na interação, a criança demonstra isso através do olhar compartilhado, trocas intencionais, sorrisos. Se a criança não está consciente, o seu aprendizado se torna extremamente limitado. 7. Gestão da motivação: este aspecto se refere a motivação da criança para realizar a atividade proposta, o adulto segue a liderança da criança para elaborar atividades que sejam interessantes ou para executar as atividades escolhidas por ela, valorizar esta escolha não impede a modelagem de um brinquedo novo ou atividade, forma intercalada seguimos sua motivação e vamos inserindo aprendizados novos, respeitando sempre a motivação da criança e finalizando antes que ela fique desmotivada. 8. Afeto: existe um afeto que está presente entre o adulto e a criança em todas as atividades e este afeto é utilizado para gerar ainda mais a motivação e estreitar laços com a criança, a reciprocidade deste afeto é demonstrado ao longo da terapia. O modelo Denver de Intervenção Precoce é uma terapia afetiva. 9. Sensibilidade e receptividade do adulto às pistas comunicativas da criança: é a capacidade do adulto estar sensível e receptivo para perceber as comunicações verbais da criança e respondê-las de forma apropriada, e não somente ignorar ou deixar passar desapercebidos as tentativas da criança de se comunicar ou se expressar. 10. Qualidade da comunicação: Durante a interação ocorre uma constância suficiente de oportunidades de aprendizado da fala e de comunicação não-verbal, o terapeuta deve estar atento e ser capaz de adequar o seu nível de linguagem ao nível de linguagem da criança. 11. Diferença das funções da linguagem: no decorrer da intervenção o terapeuta irá ensinar múltiplas funções da linguagem, como por exemplo: ensinar a criança a pedir, nomear, comentar, protestar/afirmar, imitar sons, pedir ajudar, saudar, sendo assim, todas as funções da linguagem devem ser ensinadas. 12. Estrutura da atividade: a estrutura da atividade auxilia e facilita a criança a perceber quando irá ocorrer a transição de uma atividade para outra sem que haja um conflito em que a criança tenha uma ruptura muito grande da sua motivação, é fundamental que fique claro para a criança com o que e com quem vamos fazer essa atividade, quais ações são esperadas da criança, e necessário fazer variações para ampliar o repertório da criança e assim vamos fazendo uma transição de forma fluida. 13. Transição: Na transição a criança tem autonomia e liberdade de escolher as próximas atividades e de aprender até mesmo durante a transição de uma atividade para outra. O modelo Denver de Intervenção precoce utiliza estratégias naturalistas e no ambiente natural, o reforço é natural, sendo assim não é utilizado reforço como alimentos, iPad, o reforço é o próprio reforço da interação social que vai sendo construído à medida em que a criança vai avançando na terapia. A capacidade da criança de se engajar e de participar das atividades vem pela sua própria motivação, pelo prazer que ela tem em realizar as atividades. O objetivo do Denver é garantir que o prazer e a motivação estejam presentes para que a criança venha a generalizar seus aprendizados. Como se tornar um parceiro ativo nas brincadeiras com seus filhos? Primeiro é preciso identificar o que motiva o interesse da sua criança, precisamos de brinquedos ou objetos que sejam do interesse da criança e apropriados para a sua idade, e que de preferência eles fiquem organizados e acessíveis ao alcance da criança, uma criança motivada é uma criança com maior possibilidade de aprendizado.Se a criança não demostra interesse por nenhum brinquedo ou objeto, apresente a ela brinquedos sociais sensoriais como a bolinha de sabão, despejar líquidos, balões, slimes, massinhas, flautas, chocalhos, se ainda assim ela não demonstrar interesse, cante músicas, faça brincadeiras de rodas, cocegas, pular no pula a pula, jogar bola, puxar a criança com a coberta.Se a comida for o único interesse da criança, aproveite e faça um piquenique, coloque animais dentro da gelatina, é preciso despertar o interesse da criança e direcionar sua atenção para os seus olhos e rosto, seja por meio de ações físicas, vozes/sons e palavras.Após identificar o item de interesse, elimine a concorrência, desligue a televisão, o tablet e qualquer outro eletrônico, se preciso faca alterações no ambiente para que não tenha distratores competindo com a sua atenção. É importante também fazer uma seleção previa do que será utilizado durante a atividade, deixe somente os itens selecionados, o ideal é que se tenha o mínimo de objetos no ambiente ou pessoas para concorrer com a atenção, de preferência tenha apenas uma mesa, uma cadeira e um móvel para colocar os brinquedos.Sente-se frente a frente com a criança na altura de seus olhos, garanta que ela esteja atenta ao seu olhar e expressões faciais, neste momento o seu único objetivo e ganhar a atenção dela, então, nada de demandas.Mantenha uma distância confortável em relação a criança, se a criança tentar evitar contato visual, seja tapando os olhos, abaixando ou virando a cabeça, dê a ela um pouco mais de espaço, não force a criança a te olhar, isso fará com que ela desvie ainda mais, e não é esse o objetivo. Garanta que sua presença seja extremamente reforçadora, fique atento aos sinais de interesse que a sua criança lhe dá, torne os brinquedos e objetos mais acessíveis, faça atividades divertidas e siga a liderança da sua criança durante o brincar, observe e narre o que a criança está fazendo, faça onomatopeias / sons faça comentários durante a brincadeira, isto promove o aprendizagem da linguagem verbal, uma regra muito importante a seguir é se sua criança ainda não fala nenhum palavra, utilize apenas uma palavra para se comunicar com ela, caso ela já fale uma palavra, se comunique utilizando duas palavras e assim sucessivamente.Quando já tiver ganhado a atenção e confiança de sua criança, comece ajudando-a durante a brincadeira, entregue uma peça que esteja faltando, ajude a abrir a caixa de brinquedos, se sua criança já estiver confortável com a sua presença é hora de assumir um novo papel na brincadeira, comece imitando-a, utilize brinquedos iguais para imita-la, dê modelos novos para ela te imitar, se ela demonstrar interesse no seu objeto, compartilhe com ela e peque outro para dar continuidade a brincadeira, você pode também estimular a troca de turno minha vez/sua vez, caso sua criança não queria dividir ou que você encoste em seu brinquedo, invista em brincadeiras paralelas e aos poucos vá se aproximando.Aproveite as oportunidades para acrescentar algumas variações diferentes durante o brincar, insira novos itens a brincadeira, de modelos e peça que a criança faça igual (imite a sua ação), ofereça sempre as ajudas necessárias para que ela consiga executar a brincadeira, reforce imediatamente e volte a seguir a liderança dela novamente. Muito importante ressaltar que se sua criança demonstrar que se sentiu desconfortável em alguns desses passos, volte para o passo anterior.O brincar possibilita o aprendizado, a criança vai aprendendo a seguir as demandas com uma menor resistência, vamos fazendo o que chamamos de quebra de rigidez comportamental, e o mais importante é que a brincadeira em si, se torna um reforçador.Texto escrito pela Supervisora Jessica Duarte, especialista em Autismo.